Desenho Técnico e Computacional

Conceitos de Desenho Técnico

Autor: Esp. Ana Lívia Abreu de Andrade
Revisor: Maílson Scherer
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introdução
Introdução

Nesta unidade, abordaremos os conceitos de desenho técnico, bem como o desenho e sua importância para a humanidade. Compreenderemos, ainda, a diferença entre desenho técnico e desenho artístico. Conheceremos, também, os equipamentos para desenho e como devemos utilizá-los, além de estudar as normas técnicas específicas aplicáveis na elaboração de desenhos técnicos.

Sobre as normas técnicas, trataremos de assuntos como caracteres, tipos de linhas e suas utilidades, tamanho de papéis, layout da folha com margens, carimbo/legenda e dobragem.

Por fim, a unidade traz a definição e os tipos de escalas que iremos trabalhar nos exercícios práticos da unidade e a cotagem dos desenhos.

Desenho

Desde o período Paleolítico Superior (40.000 a.C.), o homem vem se comunicando por meio de pinturas e desenhos nas paredes e tetos das cavernas. Essas representações são chamadas de pinturas rupestres, nas quais o homem representava o mundo que o cercava, as suas sensações e tudo que considerasse importante para ser comunicado aos seus descendentes.

Com a evolução do homem e de suas habilidades motoras e cognitivas, o conceito de desenho também evoluiu. Os egípcios, por exemplo, usavam os desenhos como escrita e para representar seus rituais, sua cultura e sua religião, o que nos ajudou a compreender muito sobre sua civilização e suas descobertas. Seus desenhos, porém, em comparação com os desenhos feitos na época do Renascimento, ainda são limitados em relação ao realismo, faltando proporção, perspectiva, sombras e profundidade.

Nos dias atuais, o desenho tem várias utilidades, servindo ainda como meio de comunicação, tal como placas de trânsito, logotipos, símbolos de avisos de segurança e até como os atuais emoticons, que usamos nas mensagens. Os desenhos são usados também como forma de divertimento, podendo ser charges e HQs (histórias em quadrinhos), como forma de expressão artística com obras de arte e as artes de rua (grafite), e como uma forma de reproduzir e/ou criar novos equipamentos e peças com o desenho técnico.

Desenho Artístico x Desenho Técnico

Com a evolução da humanidade, no passar das eras, a comunicação por meio do desenho foi evoluindo, dividindo-se em duas formas: o desenho artístico, que pretende comunicar ideias e sensações, estimulando a imaginação do espectador; e o desenho técnico, que tem por finalidade a representação dos objetos o mais fiel possível de sua realidade, tanto em relação à forma quanto em relação às dimensões.

A maior diferença entre desenho artístico e desenho técnico consiste na necessidade do desenho técnico ser elaborado com base em diretrizes normativas estabelecidas por normas técnicas, as quais são supervisionadas internacionalmente pela ISO. Cada país possui suas próprias versões das normas técnicas. Nas engenharias, o desenho técnico é de extrema importância para a criação e a reprodução de projetos em diversas áreas, tais como desenhos mecânicos, fluxogramas químicos, projetos elétricos, desenhos de componentes de computação e projetos de edificações, entre outras. Para a execução desses projetos à mão livre, o uso dos instrumentos de desenhos é essencial, sendo eles: prancheta, papel (série DIN A), lápis ou lapiseira, borracha branca, esquadros, escalímetro, régua paralela, compasso etc.

praticar
Vamos Praticar

Leia o trecho a seguir.

“Desde os registros pré-históricos até as complexas formas que encontramos na contemporaneidade, o desenho tem nos permitido refletir sobre o passado, imaginar o futuro, desenvolver ideias e sonhar. Em um viés mais técnico, o desenho, usado tanto na engenharia quanto na arquitetura, é uma ferramenta fundamental, pois está presente nas etapas de criação, desenvolvimento e execução de projetos”.

PACHECO, B. de A. Desenho técnico . Curitiba: InterSaberes, 2017. p. 20.

Considerando a citação apresentada, sobre as diferenças entre desenho artístico e desenho técnico, assinale a alternativa correta.

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Equipamentos de Desenho

Em se tratando de desenho artístico, diversas são as técnicas e os equipamentos possíveis para que se garanta boa execução. Dependendo da técnica escolhida, há uma gama de instrumentos que podem ser utilizados: variados tipos de lápis e canetas, tintas, telas, pincéis etc. Cada um depende do resultado final em que se deseja chegar. Como nos desenhos artísticos, nas figuras a seguir, que mostram diferentes técnicas e resultados, a primeira com o uso de aquarela sem contornos e a segunda com um desenho realista usando diversos lápis para dar profundidade e sombreados.

Com relação aos desenhos técnicos, também são utilizados equipamentos específicos na sua execução, cuja função é garantir uma boa execução e precisão do desenho. Sendo assim, a importância da utilização correta desses instrumentos reflete na qualidade dos desenhos apresentados.

Instrumentos de Desenho Técnico

Nos cursos de Engenharia e Arquitetura, é comum a apresentação de listas de materiais nas disciplinas de desenho. Essas listas trazem os nomes e os tipos de instrumentos que serão utilizados durante a disciplina e, muitas vezes, ao longo da carreira do estudante.

Esses materiais são encontrados no mercado nas mais variadas marcas e preços, os quais costumam influenciar na qualidade do material, refletindo, por consequência, na qualidade dos desenhos elaborados.

Vejamos, a seguir, alguns desses importantes materiais para o desenho técnico:

Prancheta

A prancheta é constituída por uma superfície plana que pode ser usada em diferentes inclinações, permitindo o posicionamento ideal para os seus desenhos, e pode ser encontrada nos tamanhos A1, A2 e A3.

Papel

As folhas de papéis, ou formatos, são usadas para esboçar ou executar os desenhos. Podemos utilizar folhas mais finas (com gramatura baixa) de aparência transparente, como o papel manteiga ou vegetal, visualizando melhor os traços abaixo de cada folha. Alternativamente, pode-se optar por bloco de folha sulfite, que não possui transparência, contudo oferece resistência para fazer diferentes tipos de  desenhos.

Lápis ou Lapiseira

Normalmente, optamos pelo uso de lapiseira e grafite, abdicando da utilização de lápis e apontador. A lapiseira é utilizada para o traçado de linhas nítidas e finas, se girada suficientemente durante o traçado, e para linhas relativamente espessas e fortes. Os grafites mais usuais encontrados para lapiseira são os de 0,3mm, 0,5mm, 0,7mm e 0,9mm.

Para um bom trabalho final, o ideal é que a lapiseira tenha uma ponteira de aço, cuja função é proteger o grafite (mina) da quebra quando pressionado ao esquadro, ou régua paralela, no momento do desenho.

Para desenhos de esboços ou linhas guias de enquadramento, recomenda-se o uso dos grafites da linha H ( hardness ou duros, em português), que configuram grafites duros e que permitem traços mais fáceis de serem apagados, sem sujar ou rasurar o papel. Esses são classificados como: H, 2H, 3H etc.

Para os traços mais marcantes e definitivos, deverão ser utilizados os grafites da série B ( blackness ou escuros, em português), mais macios e escuros, tais como: B, 2B, 3B. No entanto, esses grafites podem sujar as folhas devido à sua excessiva maciez.

Existem, ainda, dois tipos de grafites que podemos chamar de médios ou intermediários, que são HB (entre H e B), macio e ligeiramente escuro, e F (fine ou fino, em português), claro e ligeiramente duro, que são os mais indicados para papéis finos como o manteiga, pois produzem pouca sujeira.

Borracha Branca

Ao precisar de uma borracha, use sempre uma macia, compatível com o trabalho para evitar danificar a superfície do desenho. Preferencialmente, escolha a borracha branca, com o intuito de evitar manchas nos desenhos. Evite o uso de borrachas para canetas ou tintas, geralmente mais abrasivas para a superfície de desenho. Essas borrachas são coloridas, em sua maioria, podendo ainda manchar a folha de desenho.

Com o uso contínuo, a superfície da borracha começa a ficar arredondada, tornando mais difícil apagar linhas com precisão. Nessas situações, indica-se o corte por estilete para garantir bordas retas. Quando a borracha encontra-se demasiadamente suja, é recomendável a sua limpeza, buscando evitar a possibilidade de manchar a superfície do papel.

Escalímetro

O escalímetro é uma importante ferramenta para o desenho técnico, utilizado para converter desenhos em dimensões reais. É uma espécie de régua triangular que possui três faces e, em cada uma de suas faces, duas escalas diferentes, com um total de seis escalas de redução na unidade de metros.

Pode ser encontrado com cinco gradações de escalas, que são:

  • Escalímetro número 1 – 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125 (mais comum e mais utilizado em desenhos arquitetônicos).
  • Escalímetro número 2 – 1:100, 1:200, 1:250, 1:300, 1:400, 1:500.
  • Escalímetro número 3 – 1:20, 1:25, 1:33¹, 1:50, 1:75, 1:100.
  • Escalímetro número 4 – 1:500 1:100 1:1250 1:1500 1:2000 1:2500.
  • Escalímetro número 5 – 3/32″ 3/16″ 1/8″ 1/4″ 3/8″ 3/4″ 1/2″ 1″ 11/2″ 3″ (utilizado em desenhos mecânicos ou para ler projetos de outros países que utilizam essas unidades).

A mais utilizada e recomendada para desenhos técnicos é a número 1, que marca as escalas de 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125.

O escalímetro deve ser utilizado apenas para marcação de distâncias nas escalas necessárias, não devendo ser empregado como guia para traçado de linhas, haja vista a possibilidade da danificação de suas marcações.

Esquadros

O “par de esquadros” é formado por duas peças transparentes de formato triangular-retangular, em plástico ou acrílico, uma com ângulos de 45º, e outra com ângulos de 30º e 60º (além do outro ângulo reto – 90º).

Quando são de dimensões compatíveis (o cateto maior do esquadro de 30°/60° tem a mesma dimensão da hipotenusa do esquadro de 45°), são denominados de jogo de esquadros ou par de esquadros, ou seja, os esquadros são utilizados para o traçado das linhas verticais, horizontais e de linhas inclinadas (seguindo ângulos dos esquadros), sendo muito utilizado com o auxílio da régua paralela.

Os esquadros não devem ser usados com marcadores coloridos ou canetas e, se necessário for sua limpeza, deve-se utilizar solução diluída de sabão neutro e água. Não se deve utilizar álcool em sua limpeza, visto que o produto deixa o esquadro esbranquiçado, perdendo sua transparência.

Régua Paralela

A régua paralela é fixada na prancheta para garantir a confecção de desenhos retos e para traçado de linhas horizontais, paralelas entre si no sentido do maior lado da prancheta. É utilizada, ainda, como base para apoiar os esquadros, permitindo traçar linhas verticais ou inclinadas (de acordo com os ângulos dos esquadros).

O desenho deve ser feito de cima para baixo, evitando que o arrastar da régua movimente o papel. Caso seja necessário riscar algo sobre o desenho, opte por suspender levemente a régua ao longo do trecho desenhado.

Antes da utilização (ou durante, depois de uso contínuo), recomenda-se limpar a régua com um pano ou papel macio, secos, retirando a sujeira do pó do grafite que pode manchar o papel.

Compasso

O compasso é o instrumento de desenho que serve para traçar circunferências, de variados raios ou diâmetros. Para a perfeição dessas circunferências, o compasso deve oferecer um ajuste perfeito, não permitindo folgas durante a execução do traçado.

Para traçar círculos ou curvas no compasso, devemos:

  • marcar o centro do círculo e a medida do raio com um escalímetro na folha do papel;
  • fixar a ponta seca na marcação do centro do círculo na folha;
  • abrir o compasso fixo, até a marcação do raio no papel;
  • segurar o compasso, na parte superior, com os dedos indicador e polegar;
  • imprimir uma força na ponta do grafite com movimento de rotação, até formar o círculo completo.

Instrumentos de Apoio

Antes de se iniciar um desenho, é necessário garantir que a prancheta, os esquadros e os escalímetros estejam limpos. Utilizam-se flanelas ou panos macios para a limpeza desses instrumentos.

A flanela também serve para “espanar” os restos de borracha do papel, nunca devendo ser arrastada sobre a folha.

Outro equipamento de apoio necessário é a fita crepe, utilizada para prender a folha a prancheta. Deve-se alinhar a folha à régua paralela e prendê-la de forma diagonal, conforme ilustrado na Figura 1.6.

A folha deve estar sempre alinhada à régua paralela para garantir que o desenho não fique torto. E essa posição da fita garante que o papel fique esticado e não rasgue ao ser retirado de dentro para fora.

praticar
Vamos Praticar

Os instrumentos de desenho técnico são importantíssimos para a criação do projeto, e tanto sua qualidade quanto o seu bom uso garantem desenhos mais precisos e limpos.

Sobre os instrumentos de desenho técnico, assinale a alternativa correta.

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Normas Técnicas

As normas técnicas são utilizadas com o intuito de padronizar a elaboração dos desenhos técnicos e torná-los uma linguagem gráfica universal. São uma espécie de guia que facilita a compreensão de desenhos e projetos por pessoas de nacionalidades diferentes. Servem para simplificar processos de produção e unificar as características de um objeto, permitindo reproduzir várias vezes um determinado procedimento em diferentes áreas, reduzindo as possibilidades de erros.

No desenho técnico, a representação gráfica do desenho segue as normas internacionais (sob a supervisão da ISO). Vejamos a seguir exemplos de normas para desenho técnico empregadas no Brasil, as quais são elaboradas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas técnicas), fundada em 1940, e designadas Normas Brasileiras (NBRs), sendo identificadas por um número e sua respectiva aplicação:

  • NBR 8402/1994 – Execução de caracter para escrita em desenho técnico.
  • NBR 8403/1994 – Aplicação de linhas em desenhos.
  • NBR 10068/1987 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões.
  • NBR 13142/1999 – Desenho técnico – Dobramento de cópia.

Cabe ainda destacar a NBR 6492/1994 – Representação de projetos de arquitetura (1994). Essa norma sintetiza diversas regras quanto à execução de desenhos técnicos, tais como: execução de caracteres (caligrafia), tipos de linha, tamanho de papéis, dobragem, entre outras.

No entanto, a abordagem da NBR 6492/1994 (1994) é mais resumida, sendo indicado consultar as respectivas normas específicas se necessário um conhecimento mais aprofundado em um tópico específico.

Execução de Caracter

A NBR 8402/1994 – Execução de caracter para escrita em desenho técnico (1994), fixa as condições que são exigidas na escrita usada em desenhos técnicos e em documentos técnicos. Nela, as características mais importantes para a graficação das letras são LEGIBILIDADE e CONSISTÊNCIA, tanto em estilo quanto em espaçamento.

Para a execução desses caracteres, é necessário que se façam linhas guias, com distâncias de 3mm e 5mm, de acordo com a importância do texto: textos de 5mm são usados para informações de maior importância que necessitam maior visibilidade (por exemplo, nome do projeto, empresa executora etc.), enquanto usam-se os textos de 3mm para as demais informações. Essas linhas garantirão que os caracteres estejam sempre na mesma altura. O executor deve desenhar o caractere tocando as linhas-guias em cima e embaixo.

As linhas-guias devem ser criadas com linhas bem finas (lapiseira nº 3), para que não se confundam com o caractere. Vejamos o exemplo na Figura 1.7.

Linhas no Desenho Técnico

Os diferentes tipos de linha garantem uma linguagem única nos desenhos técnicos. Sua representação pode indicar uma série de informações quanto ao desenho, tal como a proximidade do plano em relação ao observador; se o desenho está em corte ou em vista; se a aresta em questão é visível ou não visível, bem como distinguir elementos de menor e maior importância dentro do contexto do desenho.

Essas padronizações auxiliam o “leitor do projeto” na interpretação dos desenhos, evitando interpretações distintas sob a ótica de diferentes “leitores”.

Para que pudessem ser executadas de forma clara e com os mesmos significados, foi criada uma norma de tipos de linhas e suas aplicações. Trata-se da NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos (1984), que mostra os tipos de linhas usadas em desenho técnico, como demonstradas no quadro a seguir:

Folhas e Layout

Para garantir que os projetos sejam padronizados, as normas que regem o desenho técnico especificam os padrões de tamanhos de folhas e o layout dos desenhos.

Assim, esses desenhos ficam com uma aparência universal e podem ser compreendidos em diferentes países.

Formato do Papel

Segundo a NBR 10068/1987 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões (1987a), os formatos de papel para a execução dos desenhos técnicos devem ser padronizados. Os formatos são agrupados em séries, das quais a mais utilizada e conhecida é a série DIN A (Deutsch Industrien Normen A), originária da Alemanha.

A base dessa série não é o A4, como é comum de se achar por ser o padrão mais usado e conhecido. Na verdade, é o formato A0, formado por um retângulo com as dimensões 841 mm x 1189 mm, que corresponde a, aproximadamente, 1m². O formato A4 é normalmente usado para documentos e imagens, sendo pouco usado em desenho técnico devido à sua pequena dimensão (297mm x 210mm).

A escolha do formato deve ser feita de forma a não prejudicar a representação (clareza) do desenho, devendo-se escolher formatos menores sempre que possível.

O A0 é o formato que tem a maior dimensão da série e forma o segundo formato, o A1, ao ser dividido ao meio na dimensão de 1189mm. E assim também é feito com os demais formatos: A1 = 2 A2; A2 = 2 A3; e o A3= 2 A4. Ver Tabela 1.1.

Folha Largura (mm) Altura (mm)
A0 841 1189
A1 594 841
A2 420 594
A3 297 420
A4 210 297
Tabela 1.1 - Série DIN A – Tamanhos padrões para desenho técnico
Fonte: ABNT – NBR 10068 (1987a, p. 2).

Nos desenhos arquitetônicos, ou de equipamentos mecânicos complexos é comum se dividir os desenhos em mais de um formato (planta em uma folha, cortes e fachadas em outra), colocando no carimbo/legenda a informação de que a folha pertence a um conjunto no projeto, por exemplo: Folha 01/02, Folha 02/02.

Layout do Papel

O layout é a forma como o desenho se apresenta no papel, quais áreas são destinadas para o desenho e quais são destinadas para as informações gerais do projeto, e é definido por:

  • margens;
  • carimbo/legenda.

Sendo assim, possuem diferentes especificações, dependendo do formato das folhas. Vejamos a Figura 1.9, que mostra a posição do carimbo nos formatos A3 e A4, por exemplo:

Na Figura 1.10, podemos verificar que as margens delimitam o espaço para o desenho e a legenda/carimbo, que são limitadas pelo contorno externo da folha e área para desenho. As dimensões das margens variam de acordo com o tamanho da folha, ou formato, e a margem esquerda, chamada de margem de arquivamento, é sempre de 25 milímetros, garantindo espaço suficiente para a furação da folha após a sua dobragem.

Folha Margem esquerda  (mm) Margens direita, superior e inferior (mm)
A0 25 10
A1 25 10
A2 25 7
A3 25 7
A4 25 7
Tabela 1.2 - Dimensões das margens
Fonte: ABNT - NBR 10068 (1987a, p. 3).

Na Figura 1.10, observamos que a legenda ou carimbo é sempre representado dentro da margem no canto inferior direito da folha, e a direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho.

A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175 mm, nos formatos A1 e A0. Além disso, deve conter dados relevantes para o projeto, como: escala, data, autoria, nome do projeto e nome da empresa, entre outras informações consideradas importantes para a execução do projeto.

Não há limites para a altura do carimbo, pois depende do número de informações que queremos mostrar.

Vejamos um exemplo de carimbo / legenda para papel A3, com altura sugerida de 60mm, apresentado na Figura 1.11.

Dobragem

As pranchas dos projetos técnicos, ao serem arquivadas, devem ser dobradas de tal modo que ocupe menos espaço e seja de fácil manejo. A NBR 13142/1999 – Dobramento de cópia (1999) orienta o dobramento de todos os tamanhos de folhas até resultarem nas dimensões padrão A4, desde o A3 (Figura 1.12) até o A0 (Figura 1.15).

Ao dobrar os formatos, devemos sempre deixar o carimbo/legenda à vista, sem cortar as informações, e o dobramento é iniciado a partir do lado direito, sendo a primeira dobra sempre no carimbo.

praticar
Vamos Praticar

Leia o trecho a seguir.

“A normalização é tecnologia consolidada, que nos permite confiar e reproduzir infinitas vezes determinado procedimento, seja na área industrial, seja no campo de serviços, ou em programas de gestão, com mínimas possibilidades de errar, entre outros aspectos altamente positivos”.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. História da normalização brasileira . Rio de Janeiro: ABNT, 2011. p. 3.

Considerando a citação apresentada, sobre normas técnicas, assinale a alternativa correta.

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Escala

A escala corresponde a uma medida usada para definir as dimensões proporcionais dos tamanhos reais em representações gráficas e, segundo a NBR 8196/1999 – Desenho técnico – emprego de escalas (1999), possui as seguintes características:

  • A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA” ou a abreviatura “ESC”.
  • A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho.
  • Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala geral, essas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem; na legenda, deve constar a escala geral.
  • A escolha da escala é feita em função da complexidade e da finalidade do objeto a ser representado, devendo permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada.
  • A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha de desenho.

Existem dois tipos de escalas, sendo elas:

  • Escala gráfica: é a representação gráfica de várias distâncias do desenho (mapas, imagens de editoriais, fotos etc.), sobre uma linha reta graduada. É constituída de um segmento à direita da referência zero, conhecida como escala primária, e de um segmento à esquerda da origem, denominada de Talão ou escala de fracionamento, que é dividido em submúltiplos da unidade escolhida.

A escala gráfica é muito utilizada em publicações junto a imagens e mapas, sendo adequado esse uso, haja vista que esse tipo de imagem sofre distorções no processo gráfico (ampliações e reduções), podendo perder a escala que seria medida com uma régua ou escalímetro, por exemplo. Ao ampliar ou reduzir uma figura ou mapa, a marcação escala gráfica será igualmente ampliada ou reduzida, preservando as proporções das medidas e garantido que a escala se mantenha compatível ao desenho.

  • Escala numérica: é representada por uma fração, em que o numerador corresponde à distância representada no desenho e o denominador à distância real. Pode ser escrita das seguintes maneiras: 1/20 e 1:20. Nos dois exemplos, lê-se um para vinte.

Tipos de Escala Numérica

As escalas numéricas, importantes ferramentas do desenho técnico, são divididas em três tipos: escala natural, escala de ampliação e escala de redução.

Escala Natural

A escala natural é aquela em que o tamanho do desenho, representado no papel, corresponde ao tamanho real da peça. Sendo assim, na indicação da escala natural, os dois numerais são sempre iguais, sendo escritos na forma 1/1 (ou 1:1).

ESCALA 1:1, a dimensão do objeto representada no papel é igual à dimensão real, ou seja, 1:1 (lê-se: um para um).

A escala facilita a produção das peças, com um maior detalhamento e reduzindo a chance de erro.

Essa escala é muito usada na engenharia mecânica com o desenho de peças mecânicas no tamanho real.

Escala de Ampliação

A escala de ampliação é aquela em que o tamanho do desenho, representado no papel, é maior que o tamanho real da peça.

ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1), quando a dimensão do objeto no desenho é maior que sua dimensão real, X:1, por exemplo: 2:1, 5:1, 10:1.

A Figura 1.18 ilustra a aplicação de escala de ampliação em desenhos de pequenos componentes de montagem de um aparelho eletrônico, com destaque para um resistor.

Sendo assim, esse desenho foi executado na escala de ampliação 2:1 (lê-se dois por um), ou seja, o tamanho do desenho corresponde ao dobro do tamanho real da peça. A escala é muito utilizada na fabricação de peças pequenas, como componentes elétricos, por exemplo.

Escala de Redução

A escala de redução é aquela em que o tamanho do desenho, no papel, é menor que o tamanho real da peça.

ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1), quando a dimensão do objeto, representado no papel, é menor que sua dimensão real, por exemplo: 1:2, 1:5, 1:10.

Vejamos, na Figura 1.19, um desenho técnico de um carro em escala de redução:

Sendo assim, esse desenho foi feito na escala 1:20 (lê-se um para vinte). Ou seja, as medidas desse desenho são vinte vezes menores que as medidas correspondentes do rodeiro de vagão real.

saiba mais
Saiba mais

Aquilo que estamos chamando de invenções foi, na verdade, projetos desenhados por Da Vinci. Sendo assim, não ganharam forma, pelo menos não à época. Nas últimas décadas, porém vários cientistas têm se debruçado na tentativa de “dar vida” aos projetos do inventor e testar a sua funcionalidade. Para saber mais, consulte o link a seguir.

ACESSAR

A escala de redução é muito utilizada nos projetos arquitetônicos, na engenharia civil, nos projetos mecânicos automotivos, aeroespaciais, náuticos etc., com a necessidade de reduzir edificações e equipamentos grandes para caberem no papel.

Escalas no Escalímetro

O escalímetro é um instrumento muito utilizado para a execução de diferentes escalas no desenho técnico. Seu uso dispensa a realização cálculos para descobrir em que tamanho a escala do desenho ficará em relação ao tamanho real, fazendo a conversão destas escalas de forma direta.

Se precisarmos utilizar uma régua normal (escala do centímetro, 1/100) para o desenho em diferentes escalas, teremos de calcular a proporção para executar o desenho corretamente. Vejamos o exemplo apresentado na Tabela 1.3.

Escala Medida no Escalímetro (unidade) Medida do desenho no papel (cm) Dimensão real representada (cm) Redução Natural* (convertida) Ampliação** (convertida)
1/20 1 5 100 20 vezes - 5/1
1/25 1 4 100 25 vezes - 4/1
1/50 1 2 100 50 vezes - 2/1
1/75 1 1,3333333 100 75 vezes - -
1/100 1 1 100 100 vezes 1/1 -
1/125 1 0,8 100 125 vezes - -
* Para desenhar na escala de 1/1, podemos usar a escala de 1/100 no escalímetro (cada unidade equivale a 1cm).
** Para desenhar ampliações com o escalímetro, podemos usar as escalas de 1/20 para ampliar 5 vezes, 1/25 para ampliar 4 vezes e 1/50 para ampliar 2 vezes.

Tabela 1.3 - Uso do escalímetro
Fonte: Elaborada pela autora.

Para a execução de desenhos em escalas, o uso do escalímetro é essencial. As conversões que esse instrumento faz das escalas de redução reduzem muito o tempo de execução de desenhos à mão e facilitam a leitura de desenhos impressos.

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Vamos Praticar

Sobre escalas, assinale a alternativa correta.

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Cotagem

A indicação de medidas no desenho técnico recebe o nome de cotagem. Para indicar as medidas por meio de cotas, o desenhista deve seguir as prescrições da NBR 10126/1987 – Cotagem em desenho técnico (1987b)

Segundo a norma citada, o significado de cota é: “Representação gráfica no desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida” (NBR 10126, 1987b, p. 1).

  • Essa norma também define como principais características da cotagem as seguintes observações: toda cotagem que for necessária para descrever uma peça ou componente deve ser representada no desenho.
  • A cotagem deve ser feita nas vistas, cortes e seções.
  • Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (por exemplo, milímetro), para todas as cotas sem o emprego do símbolo da unidade. Se for necessário, para esclarecer pode-se colocar acima do carimbo as observações: cotas em milímetros, por exemplo. Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado. Devem ser evitadas cotas gerais repetidas.
reflita
Reflita

Levando em consideração o que vimos sobre a definição de desenho técnico, reflita sobre a importância da padronização dos desenhos, por meio das normas técnicas, no desempenho e qualidade dos projetos.

A execução do desenho da cotagem é formada pelos seguintes elementos:

  • Linha de cota: linha paralela à dimensão a ser cotada, sobre a qual se escreve o caracter da dimensão.
  • Linha auxiliar ou linha de chamada: sempre perpendicular à dimensão a ser cotada, indicando o início e o fim da dimensão cotada.
  • Cota: número ou caractere da dimensão cotada.

Na Figura 1.20, podemos observar os elementos de linha de cota, linhas de chamadas e a cota em si.

As cotas devem, ainda, atender às seguintes prescrições:

  • Cotas lineares correspondem a dimensões de larguras, comprimentos, alturas, espessuras e diâmetros.
  • Linhas de cota devem estar sempre fora do desenho, salvo em casos de impossibilidade.
  • Linhas de chamada devem parar de 2mm a 3mm do ponto dimensionado.
  • Caracteres (números) devem ter 3mm de altura, e o espaço entre eles e a linha de cota deve ser de 1,5 mm; os textos das cotas horizontais devem estar sempre acima da linha de cota e à esquerda da linha de cota nas cotas verticais.
  • Quando a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura, colocá-la imediatamente ao lado, indicando seu local exato com uma linha auxiliar.

Vejamos o exemplo na Figura 1.21, em que o texto da cota não cabe entre as linhas de chamada.

  • Nos cortes, somente marcar cotas verticais.
  • Cotas devem ser indicadas em metro (m) para as dimensões iguais e superiores a 1m.

Exemplo de cota em metros: 1.00,5.00, 10.20 (com duas casas decimais para os centímetros).

E em centímetro (cm) para as dimensões inferiores a 1m.

Exemplo de cota em centímetros: 1, 105, 503 (os milímetros serão representados como expoentes). Se necessitarmos indicar as cotas em outra unidade, devemos informar no desenho. No campo observação, coloca-se: medidas em centímetros.

  • Evitar a duplicação de cotas.

O Desenho no tempo das cavernas

Estudos afirmam que na pré-história as pinturas rupestres eram representações gráficas que foram inicialmente feitas pelo “Homo neanderthalensis”
ou neandertais, que viveram na região da Europa. O Homem pré-histórico representava em paredes, tetos e superfícies das cavernas diversas figuras, desde animais, técnicas de caça, até a marca de suas mãos, como uma forma de registro para seus descendentes.

A Geometria de Euclides

Considerado o pai da geometria, Euclides foi um matemático sírio que escreveu um tratado matemático e geométrico, que continha 13 livros, em Alexandria por volta de 300 anos AC, chamado de Os Elementos. Constitui em um livro didático muito bem sucedido perdendo apenas para a Biblia em número de edições e considerado uma obra prima da aplicação da lógica à matemática.

As criações de Leonardo

Leonardo da Vinci além de um excelente pintor, escultor e arquiteto também é considerado um inventor genial, com várias criações, muito a frente de sua época, que intriga historiadores e engenheiros até hoje. Suas criações levavam em conta estudos e pesquisas em diferentes áreas, desde medicina, mecânica, física, e ainda possuíam um padrão estético que não fugia a capacidade e inspiração do gênio Da Vinci.

Pai da Geometria Descritiva

No final do século XVII, na França de Napoleão, o matemático francês Gaspar Monge deu o pontapé inicial para a criação do Desenho técnico como
conhecemos até hoje. O método da dupla projeção de Monge é usado como basepara toda a representação de desenho técnico, no mundo inteiro. Seu legado foi e é fundamental para compreendermos os elementos geométricos em três dimensões.

Linguagem Universal

As normas técnicas foram de grande importância para a padronização do Desenho Técnico. Com a ajuda das normas é possível se criar desenhos que serão compreendidos em diversos países e que podem ser lidos e executados com precisão. A ABNT foi fundada na década de 40 no Brasil e fornece diversos insumos para o desenvolvimento tecnológico brasileiro. As Normas brasileiras seguem a ISO (International Organization for Standardization).

O computador vence a prancheta

A evolução da tecnologia computacional tem permitido sua utilização crescente nas mais diferentes áreas da atividade humana, e no Desenho técnico ela não ficou indiferente. Com os programas CAD (Computer aided design) ou desenho assistido por computador, a execução do desenho técnico ficou muito mais eficiente. A tecnologia trouxe rapidez, precisão e muita credibilidade ao desenho técnico. As empresas da construção civil, mecânica, automotiva, naval, aeroespacial, entre tantas, tiveram um crescimento estrondoso após a inserção dos programas CAD nos seus projetos.

Fonte: adaptado de Wanner Pires - UFRGS

O infográfico apresenta um resumo da evolução do desenho da Pré-história aos dias atuais, passando por períodos de evolução e de inovações.

indicações
Material Complementar
Livro

Desenho

César Muniz e Anderson Manzoli

Editora: LEXIKON/ 2015

Comentário: A leitura indicada destaca a importância do aprendizado do desenho técnico elaborado à mão. Com o avanço das ferramentas CAD, é importante que consigamos manter o ensino do desenho à mão nas universidades, garantindo que o estudante adquira noções espaciais e aprenda as diversas técnicas necessárias para elaboração de seus projetos.

Filme

Os pilares da Terra (The pillars of the Earth)

Ano: 2010

Comentário: Os Pilares da Terra é uma minissérie de TV em oito partes, de 2010, adaptada do romance do mesmo nome de Ken Follett. O filme trata de Tom, um pobre pedreiro/mestre-de-obras vivendo na Inglaterra do século XII com sua família. Tom tinha um grande sonho: construir uma enorme catedral. Essa catedral  deveria ter uma beleza sublime e ser digna de tocar os céus. A aventura se desdobra na busca desse sonho, em que Tom, com suas habilidades, consegue convencer um monge a construir a sua sonhada catedral. Enquanto a história se passa por várias décadas, vemos todos os desdobramentos que essa construção impacta na vida das pessoas à sua volta, a ambição de outros membros do clero que não querem permitir que seja construída em uma pequena vila tal catedral e os acontecimentos políticos que se passam nessa época sombria, entre outras coisas. Uma estória cheia de suspense, corrupção, ambição e até romance. O fato de o personagem principal se tratar de um “quase engenheiro” e de sua busca para aprender novas técnicas construtivas nos faz lembrar da importância de um projeto técnico antes da execução de qualquer obra.

Trailer
conclusão
Conclusão

Nesta unidade, vimos os princípios e as diretrizes normativas para a execução de desenhos técnicos, incluindo as principais ferramentas e técnicas necessárias para alcançar a qualidade na elaboração desses desenhos. Destacou-se a importância das normas técnicas para a execução de desenhos técnicos, bem como a relevância da padronização para a leitura e interpretação dos desenhos.

Foram apresentados, ainda, os tamanhos de papéis utilizados na elaboração de desenhos técnicos, como devem ser feitos os carimbos e margens dos desenhos e, também, a importância do emprego adequado de escalas para a qualidade da representação gráfica dos desenhos.

Por fim, foram apresentados os procedimentos para a cotagem que finaliza o desenho e permite a confecção/produção da peça projetada segundo as especificações de medidas.

referências
Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 08403 : Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras das linhas. Rio de Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068 : Folha de desenho – Leiaute e dimensões. Rio de Janeiro, 1987a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126 : Cotagem em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1987b.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492 : Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13142 : Desenho técnico – Dobramento de Cópia. Rio de Janeiro, 1999.

PACHECO, B. Desenho técnico . Curitiba: InterSaberes, 2017.

PIRES, W. História do desenho técnico. UFRGS . Disponível em: https://www.ufrgs.br/destec/diversos/historia-do-desenho-tecnico-2/ . Acesso em: 13 dez. 2019.

SEBASTIÃO, C. R. Leitura e interpretação de desenho técnico . Vitória: Senai, 1996.

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